free-mo.br x Maquete Modular

Qual a diferença fundamental entre o free-mo.br e uma Maquete Modular ?



Nesta imagem vemos um evento de ferromodelismo Norte-Americano. Pode-se perceber ao fundo da imagem quatro maquetes possivelmente modulares. muito semelhantes as que conhecemos por aqui, Grifer, FCABC, ANPF, etc... e em primeiro plano vemos um layout no padrão Free-mo.
Nas modulares tradicionais os módulos tem as mesmas dimensões e é preciso criar um layout "simétrico", com a mesma quantidade de módulos em lados opostos um ao outro.

Na imagem abaixo temos um projeto da Maquete Modular da ANPF no qual dois módulos, Oficina/Rotunda, ainda precisavam ser inseridos no layout, mas para isso seria preciso retirar dois módulos do projeto ou criar mais dois para o lado oposto, retirar módulos para a colocação de outros é limitar a participação de um integrante do grupo, criar mais módulos pode não ser possível por gerar custos sem ter a quem passar. O grupo nem sempre arcará com o custo de módulos adicionais para aceitar um novo integrante.



É claro que não tenho aqui a intenção de criticar as maquetes modulares tradicionais, conheço o sistema, aprecio, e possuo módulos feitos no padrão que foi adotado na ANPF. O que pretendo é mostrar as vantagens do sistema modular livre free-mo.br em relação ao sistema modular tradicional.

No free-mo.br os módulos obedecem um padrão de construção para as extremidades, onde são posicionadas as "Placas Terminais" ou "Interfaces de conexão" que unem um módulo ao outro. As ligações e conexões elétricas também são padronizadas. As dimensões dos módulos são "livres", apenas obedecendo normas que definem algumas medidas mínimas.




Quando são montadas, as Free-mo chamam atenção pela característica que apresentam de proximidade da realidade das ferrovias, com trechos sinuosos em cenários mais realistas.

Outro aspecto interessante e que chama a atenção no conceito Free-mo em relação às maquetes tradicionais, modulares ou não, é a possibilidade de recriar um cenário protótipo mais próximo da realidade.

Quando um trem sai do local onde os vagões foram carregados a composição se desloca passando por outras localidades até chegar ao seu destino. Esse trajeto pode ser reproduzido com mais fidelidade em layouts Free-mo, pois é possível "desenhar" o formato dos módulo com ângulos que se aproximem das características do trajeto percorrido pelos trens nas ferrovias escolhidas como protótipo.

Dessa forma poderiam ser reproduzidas em módulos free-mo.br localidades, estações, fábricas, mineradoras, entre outros, que seguissem uma rota existente na ferrovia protótipo, por exemplo: Barra do Piraí > Pulverização > Volta Redonda > Barra Mansa > Cruzeiro > Cachoeira Paulista > Guaratinguetá > Taubaté > São Bento > Manoel Feio. Após percorrer esse trajeto as locomotivas precisam manobrar para retornarem com os vagões no sentido contrário. Em layouts "circulares", como ocorre tradicionalmente nas maquetes de ferromodelismo convencionais e modulares, o trem que partiu de Barra do Piraí/RJ e atravessou todo aquele trajeto ao chegar em Manoel Feio/SP continuaria seu percurso "circular" e automaticamente se encontraria em Barra do Piraí no RJ novamente... incoerente com a realidade.

Certamente é possível criar layouts ponto-a-ponto nas maquetes tradicionais ou modulares convencionais, mas não é comum esse procedimento, nem se trata de tarefa simples reproduzir trechos reais das ferrovias protótipo em pequenos espaços.

A proposta do free-mo.br é justamente permitir que o ferromodelista consiga reproduzir ou criar livremente, entendendo que participar de grupos free-mo.br não lhe impede de participar de outros grupos que possuam maquetes modulares, ou mesmo de ter a sua maquete tradicional em sua residência.
As associações podem continuar tendo suas maquete tradicionais circulares ou ponto-a-ponto, e mesmo assim criarem suas maquetes modulares, como ocorreu na ANPF, e ainda será possível que a associação ou seus integrantes individualmente participem de grupos free-mo.br.